AS CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA ENTRE PODERES DA REPÚBLICA. – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

 AS CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA ENTRE PODERES DA REPÚBLICA. – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

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AS CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA ENTRE PODERES DA REPÚBLICA.

É inacreditável, porém, verdadeiro que tudo que acontece na nação tem que passar pelo STF. Das mais simples questões, as mais complexas são induzidas a chegarem às mãos dos ministros. Das questões políticas, econômicas, sociais, científicas, até mesmo as ambientais não estão isentas de serem levadas ao supremo, sem que o congresso, responsáveis pelas leis, análise cada questão dentro dos seus atributos legais.

É uma farra com a coisa pública, um descaso. Até onde teremos que suportar a ignorância dos nossos representantes? São incapazes de resolverem as coisas politicamente, e passam a usar as cortes superiores para vingança pessoal, ou mesmo por birra. Enquanto isso, os ministros, que são já mergulhados em vaidades, sentem-se maiores que a própria realidade, e passam, por incentivos de alguns tolos da política, a pensarem que podem tudo, e que são maiores do que a realidade impõe.

Dia a dia, temos uma política judicializada, sem rumo e pior, sem credibilidade popular. Fruto desta relação extravagante entre alguns políticos e alguns magistrados. E o pior de tudo isso, que a justiça era o farol que guiava a redemocratização da nação. Até porque a corte superior é o guardião da constituição, diante também da descrença nos atos políticos e no total descrédito que os partidos apresentam.

A ausência de seriedade no congresso nacional, em relação às questões relevantes, levou a suprema corte a intervir em questões fora de sua aba. E assim, infelizmente, nasceu o ativismo judicial, que é uma afronta à separação dos poderes que são doutrinadas na Constituição de 1988, que é uma Constituição cidadã e de Estado Democrático de Direito.

Nossa geração está numa encruzilhada, de um lado temos a maioria absoluta dos políticos, comprometidos com acusações de desvios e presos aos desejos dos ministros. Do outro, temos as novas interpretações, hermenêutica, da Constituição a bel-prazer.

Infelizmente, a Constituição cidadão se tornou apenas um apetrecho do protagonismo judicial nas questões prementes da sociedade, fugindo à regra real dela mesma. Mesmo sendo uma Constituição cidadã e tendo o cuidado de colocar nos seus capítulos iniciais a relação das garantias fundamentais, estas foram engolidas pelos mandatários do poder e de homens sem alma.

É inegável que o poder judiciário vem, dia a dia, exercendo total controle sobre os outros poderes da república. Tendo como primícias a fiscalização dos atos do poder executivo e do legislativo, a qual tem a função de verificar a sua constitucionalidade, porém, é visível que essa fiscalização tomou outro rumo, a de superioridade em relação aos outros poderes, criando um desequilíbrio na república.

Portanto, a impressão que temos é que os eleitos, deputados e senadores, são apenas figurantes da república e verdadeiros brincalhões com a coisa pública. Pois, quando precisamos de seriedade, temos apenas discursos tolas e sem sentido, enquanto o povo, mero detalhe, vem sofrendo as consequências deste desequilíbrio entre os poderes, os quais são sentidas em forma de miséria, fome, insegurança, abandono social, caos na educação, saúde destruída e não moralmente arrasada.

Muita Paz, Luz e Justiça a todos!

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